Iniciativa foi uma parceria com ligas acadêmicas da Universidade Estácio de Sá
A equipe de Oncologia do Instituto Desiderata e a médica especialista em Cuidados Paliativos, Débora Mattos, estiveram, nesta quarta-feira (17/04), no campus Barra da Tijuca da Universidade Estácio de Sá, na zona oeste do Rio de Janeiro, para realizar um aulão sobre Cuidados Paliativos para estudantes de medicina. O evento contou com a parceria de três ligas acadêmicas da universidade: a Liga Acadêmica de Neonatologia e Pediatria (Lanped), a Liga Acadêmica de Oncologia (Laoncounesa) e a Liga de Cuidados Paliativos (Licupunesa).
As ligas acadêmicas, organizadas pelos próprios estudantes, têm o papel de promover ações que aprofundam o conhecimento em temas específicos. O aulão teve o objetivo de aproximar o importante tema dos Cuidados Paliativos de quem ainda está iniciando a formação na área médica.
Débora Mattos, que é responsável pelos Cuidados Paliativos Pediátricos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e dos hospitais Copa e Glória D’Or, apresentou um pouco da história dos Cuidados Paliativos, falou sobre a importância desta abordagem e explicou quando eles são um recurso na atuação médica, saindo do senso comum de que devem ser utilizados somente para ajudar um paciente grave na proximidade da morte.
“Quando se fala em Cuidado Paliativo, tem dois grandes pilares: a comunicação e a bioética. São duas coisas necessárias em Saúde e quando você consegue atingir isso com controle de sintomas e do tratamento, do sofrimento em todas as dimensões, aí você consegue o que a gente quer: promover saúde e qualidade de vida, e não só pensar na morte”, afirma a especialista.
Ana Lígia Fontelene cursa o nono período de medicina, integra a Lanped e está no internato, momento em que o estudante começa a atuação prática em unidades de saúde. Ela considera importante ter uma aula especial sobre Cuidados Paliativos durante a formação acadêmica, para que os novos profissionais tenham uma visão diferente dos professores, que nem sempre estão atentos a essa abordagem.
“O Cuidado Paliativo é antigo, mas foi se perdendo. Ele nos traz um conhecimento técnico e humano, porque, ultimamente, a medicina está muito baseada em protocolos. A gente está robotizando algo que nunca deveria ser robotizado. No hospital em que eu estou fazendo internato, há pacientes oncológicos graves, mas não tem Cuidado Paliativo e é muito importante a gente ter essa formação para ter um olhar diferente”, explicou Ana.
Débora Mattos, que trabalha com Cuidados Paliativos Pediátricos desde 2008, quando iniciou a atuação no INCA, endossa a percepção da estudante.
“É o momento mais importante de começar a falar sobre isso, porque, na verdade, a minha geração aprendeu isso depois que saiu das universidades e você aprender isso na formação, já fica visceral, muito mais fácil de entender e praticar os Cuidados Paliativos. O momento é esse. Essa é a grande oportunidade de você fazer médicos humanos e com a formação mais completa”, conclui Débora.
Curso para estudantes e profissionais da saúde
A área de Oncologia do Desiderata desenvolveu um curso à distância sobre Cuidados Paliativos Pediátricos voltado para estudantes e profissionais da saúde, em parceria com a Maternidade- Escola da UFRJ.
Com carga horária de oito horas, o curso, disponível na plataforma EAD do Instituto Desiderata, aborda a teoria dos Cuidados Paliativos, a comunicação de notícias difíceis, bioética dos cuidados em saúde, promoção dos Cuidados Paliativos do pré-natal à adolescência e cuidado de fim de vida. Ao final da formação, o participante recebe um certificado de conclusão.
“É um tema fundamental que todos os profissionais de saúde deveriam conhecer e se apropriar”, ressalta Carolina Motta, gerente de Oncologia do Desiderata.
Clique aqui e confira também a aula virtual sobre Cuidados Paliativos Pediátricos realizada pela especialista Débora Mattos em parceria com o Instituto Desiderata.