Câncer infantojuvenil

causa de morte por doença infantojuvenil no Brasil

12.500

novos casos por ano no país

90%

das mortes acontecem em países de baixa e média renda

80%

Em países desenvolvidos, as chances de cura chegam a até 80% dos casos

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células que atingem tecidos e órgãos e podem afetar outras regiões do corpo. Considerado um problema de saúde pública no mundo, exige tratamentos de alto custo e de longa duração. O diagnóstico precoce e preciso e o acesso rápido ao tratamento de qualidade aumentam as chances de cura e trazem esperança para milhares de famílias.

No câncer infantojuvenil (de 1 a 19 anos), o desafio é ainda mais sensível: não existem evidências de medidas de prevenção efetivas, são mais raros e, em geral, mais agressivos. No entanto, diferentemente da doença em adultos, possuem grandes chances de cura. Com o diagnóstico precoce e acesso rápido ao tratamento de qualidade, esse índice pode chegar a até 80% em países desenvolvidos.

Fonte:
DATASUS. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 2009-2015.
INCA. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil.
Rodriguez-Galindo et al. Curr Opin Pediatr. n.25, v.1, p.3-15, 2013.
Denburg et al. Journal of Cancer Policy, n.12, p.7-15, 2017.

Para aumentar as chances de cura da doença, o Desiderata surge em 2003 movido pela urgência de contribuir para a melhoria de políticas públicas voltadas para o câncer infantojuvenil. Para isso, alinha suas ações ao Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil 2011-2022; Portaria nº 483 sobre a Rede de Atenção a Saúde das Pessoas Com Doenças Crônicas; Política Nacional para Prevenção e Controle do Câncer; e o Plano Estadual de Atenção Oncológica do Rio de Janeiro e organiza sua atuação em três frentes:

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é fundamental para o aumento das chances de cura do câncer infantojuvenil. Além de permitir um tratamento menos invasivo, diminui o sofrimento para o paciente e sua família.

Porém, diagnosticar o câncer nessa população é um grande desafio, já que os sinais e sintomas da doença não são precisos e podem ser confundidos com os de outras enfermidades comuns nessa faixa etária.

Por isso é necessário capacitar profissionais de saúde para identificar a doença e promover um rápido encaminhamento a um hospital especializado.

Tratamento

Pela própria complexidade do câncer infantojuvenil, o tratamento deve ser diferenciado e assim já foi determinado pelo Ministério da Saúde. Para isso é importante o acompanhamento de uma equipe especializada, acesso a medicamentos e exames no tempo indicado, um ambiente acolhedor e lúdico, cuidados paliativos pediátricos e a oferta de outros cuidados específicos para essa faixa etária, como as classes hospitalares e as brinquedotecas.

Registros

Os registros de câncer permitem obter informações sobre a incidência da doença, assim como acompanhar a qualidade da assistência nos hospitais especializados. É importante estimular a implantação e qualificação dos registros para o acesso a informações que subsidiem a tomada de decisões e planejamento de políticas públicas no Rio de Janeiro.

Embora esteja no topo da mortalidade infantojuvenil, o câncer em crianças e adolescentes não está na agenda de prioridades da saúde pública. Por isso, além das frentes citadas acima, a realização de ações que coloquem o tema em pauta é importante para que políticas específicas sejam elaboradas, tais como: acesso a medicamento, adoção de padrões de tratamento, acesso a leitos, consultas e novas tecnologias.

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