Formação foi uma iniciativa do Desiderata em parceria com a Secretaria de Saúde do Rio e o Instituto Nacional do Câncer
Um grupo com cerca de 60 profissionais da Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro, entre médicos, enfermeiros e residentes, participou, nesta terça-feira (27/08), de uma aula sobre diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. A formação foi realizada em um auditório na sede administrativa da Prefeitura, em parceria com a Gerência da Área Técnica do Câncer da Secretaria de Saúde do Rio e o Instituto Nacional do Câncer, o INCA.
Antes do início da aula, Carolina Motta, gerente de Câncer Infantojuvenil do Desiderata, apresentou o instituto e falou brevemente sobre o trabalho realizado, há mais de 20 anos, para fortalecer políticas públicas voltadas para o cuidado do câncer infantojuvenil, com foco no diagnóstico precoce.
Ela lembrou ainda a estratégia Unidos pela Cura, desenvolvida no Rio de Janeiro pelo Desiderata junto a parceiros, que há 19 anos promove o encaminhamento de casos suspeitos de câncer infantojuvenil, o diagnóstico precoce, o monitoramento de casos confirmados e a formação dos profissionais da Saúde.
Entre os anos de 2007 e 2023, quase 6 mil profissionais da Atenção Primária participaram de aulas e cursos realizados de maneira remota e presencial. A parceria com especialistas e hospitais de referência na oncologia pediátrica, a exemplo do INCA, também são fundamentais.
“Para nós, do Desiderata, essa aula foi mais uma oportunidade de encontrar profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária e falar com eles sobre a importância de estarem atentos ao câncer infantojuvenil e considerarem que ele pode ser uma hipótese de diagnóstico. A gente acredita que isso vai fazer a diferença para que as crianças e adolescentes consigam chegar rápido aos centros de tratamento e terem maiores chances de cura”, destacou Carolina Motta.
Ao longo da aula de diagnóstico precoce desta terça, a doutora Arissa Ikeda Suzuki, oncologista pediátrica do INCA, falou sobre os principais tipos de câncer que afetam crianças e adolescentes; mostrou dados do Brasil e do mundo; detalhou sinais e sintomas e apresentou casos clínicos reais, estimulando a reflexão sobre a conduta adotada em cada um deles.
“A disseminação da informação sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil são muito importantes no processo de diagnóstico precoce, que é um dos fatores que pode mudar a sobrevida da criança. Ao formar profissionais que consigam detectar com mais rapidez, é possível trazer aos nossos centros especializados crianças que ainda estão em estágio inicial da doença, permitindo que a gente ofereça um tratamento mais adequado, além de uma qualidade de vida melhor e uma taxa de sobrevida maior”, explicou Arissa.
Durante a aula, o Instituto Desiderata apresentou brevemente a campanha que será lançada no próximo mês, por ocasião do Setembro Dourado, um movimento global criado com o objetivo de chamar a atenção para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Neste ano, o tema escolhido pelo Desiderata foi “O Tempo é a Chave”, destacando a importância de se chegar rapidamente a um diagnóstico preciso, encaminhando em curto espaço de tempo crianças e adolescentes para o tratamento adequado e, com isso, aumentando as chances de cura.
Veja mais fotos da aula sobre diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil: