Unidos pela Cura: ano de 2023 foi de mudanças e conquistas

Estratégia de diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil ampliou sistema de regulação e formação de profissionais

Comitê Estratégico do Unidos pela Cura se reúne para avaliar iniciativas e avanços de 2023, além de planejar as ações de 2024.

O Comitê Estratégico do Unidos pela Cura (UPC), grupo responsável por debater e planejar a estratégia de diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil no município do Rio de Janeiro, esteve reunido, na segunda-feira (18/12), para avaliar o trabalho e as conquistas de 2023, mas com um olhar para os projetos e objetivos de 2024.

No encontro, o 45º do Comitê desde o início do Unidos pela Cura, estiveram presentes representantes do Instituto Desiderata, das gerências do Câncer e de Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, das superintendências de Regulação e Educação em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio, além das unidades de saúde especializadas- Instituto Nacional do Câncer (INCA), Hemorio, Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).

O ano de 2003 trouxe novidades nos três eixos que estruturam o Unidos pela Cura: educação, organização do fluxo e informação. Em relação ao fluxo, a principal mudança aconteceu no sistema de regulação e monitoramento dos casos suspeitos de câncer infantojuvenil. A estratégia de diagnóstico precoce, que contava com um sistema próprio de regulação, passou a integrar o Sistema Estadual de Regulação (SER). Com isso, a iniciativa chegou a outros municípios do estado do Rio de Janeiro.

“O novo fluxo é uma oportunidade de levar o diagnóstico precoce e maiores chances de cura do câncer a mais crianças e adolescentes. Continuamos sendo Unidos pela Cura, apenas mudamos a forma de regulação e contamos com os profissionais e gestores de Saúde para seguir ampliando a nossa estratégia. Sem parcerias, esse trabalho de 20 anos de construção de uma política pública tão importante não seria possível”, explicou Carolina Motta, gerente da área de Oncologia do Instituto Desiderata.

Comitê Estratégico do Unidos pela Cura celebra expansão da estratégia de diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.

Informação e formação de profissionais

No eixo de informação, uma das realizações do Unidos pela Cura foi a divulgação do boletim “Unidos pela Cura- Conquistas da estratégia de diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil no Rio de Janeiro”. O documento consolida os resultados alcançados entre os anos de 2007 e 2023.

Um dos dados que se destaca no boletim e reforça a importância da ampliação do Unidos pela Cura é o encaminhamento de 91% dos casos suspeitos de câncer em até três dias, prazo que aumenta as chances de cura de crianças e adolescentes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“O boletim do Unidos pela Cura é um legado. Tem que ser publicado como dado oficial, porque quem precisar estudar o assunto vai ter subsídios. No ambiente da oncologia pediátrica, os números do Instituto Desiderata já são usados como referência”, destacou Nathalia Grigorovski, oncologista pediátrica do INCA.

Já no eixo da educação, uma das realizações foi o lançamento de uma nova plataforma para os cursos do Unidos pela Cura no formato EAD. Lá os profissionais encontram formação em dois temas: “Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil”, voltado para os profissionais da Atenção Primária à Saúde, e “Cuidados Paliativos Pediátricos”, com foco naqueles que atuam na atenção terciária (hospitais).

Além disso, já está em desenvolvimento o curso “Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil para UPAS e Emergências”, voltado principalmente para profissionais que atuam no atendimento de crianças e adolescentes em 22 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Rio de Janeiro.

“Desde que foram criados, os cursos do Unidos pela Cura já qualificaram quase seis mil profissionais da Atenção Primária. Para 2024, com o lançamento da nova plataforma e de novos cursos, esperamos ter ainda mais profissionais formados e engajados na estratégia de diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil”, concluiu Carolina Motta.