Setembro é o mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantil, o “Setembro Dourado”. Para chamar a atenção de profissionais de saúde para os principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, lançamos a campanha “Um olhar muda tudo”. Acreditamos que um olhar atento dos profissionais que acompanham as crianças e os adolescentes no dia a dia pode salvar vidas.
O câncer infantojuvenil é a primeira causa de morte por doença em crianças de 1-19 anos e é um problema de saúde pública no Brasil. O diagnóstico precoce, no entanto, é a grande chance de cura para crianças e adolescentes com câncer. Com o diagnóstico precoce e tratamento adequado em centros especializados, podemos ultrapassar 80% de chances de cura.
Trazemos aqui perguntas e respostas recorrentes sobre o câncer em crianças e adolescentes para ajudar profissionais e cuidadores a olhar com mais atenção para os sinais e sintomas da doença. Seu olhar pode salvar vidas!
Se sua dúvida não estiver respondida nesta lista, envie um e-mail para desiderata@desiderata.org.br
Para os familiares
1) O que fazer se minha criança apresentar sinais de câncer?
Caso a criança apresente sinais da doença, procure o centro de saúde mais próximo de sua residência e compartilhe com o médico cada um dos sintomas que têm sido observados.
Vale ressaltar que os cânceres infantis são raros. Além disso, é importante ter em mente que os sintomas do câncer infantojuvenil se assemelham a inúmeras doenças, comuns na infância, por isso, é fundamental contar com os profissionais de saúde para que seja possível avaliar o quadro de saúde da criança.
2) Como posso reconhecer os sintomas de câncer em crianças?
É importante estar atento a sinais como perda de peso inexplicada, dor persistente, febre recorrente, manchas roxas sem motivo aparente, caroços anormais, palidez extrema e mudanças no comportamento.
3) O câncer infantil é comum?
Felizmente, o câncer infantil é raro. Em relação ao câncer de adultos, representa um percentual de aproximadamente 3%, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No entanto, a conscientização e o diagnóstico precoce são fundamentais.
4) Meu filho tem sentido alguns sintomas parecidos com esses descritos. Como devo proceder?
Recomendamos que procure o/a profissional de saúde que acompanha o desenvolvimento da criança/adolescentes. Se houver necessidade, ele/ela indicará o melhor exame diagnóstico para examinar os possíveis sintomas.
5) Como é feito o diagnóstico do câncer infantil?
O diagnóstico pode envolver a realização de exames físicos, exames laboratoriais e de imagem, como exames de sangue, radiografias, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas e biópsias.
6) Como posso ajudar a prevenir o câncer infantil?
Diferentemente do que ocorre com o câncer em adulto, ainda não se fala em medidas de prevenção para o câncer em crianças e adolescentes. Isso porque ainda não existem evidências de que haja relação entre fatores externos e o câncer infantil.
As causas dos fatores que podem desencadear o câncer infantil são, em sua maioria, desconhecidas. Estima-se que apenas 10% dos casos tenha sua origem genética ou hereditária, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Por essa razão, a ênfase de abordagem da oncologia pediátrica é o diagnóstico certo e precoce e o acesso ao tratamento adequado.
7) Minha filha ou meu filho teve um diagnóstico de câncer. E agora?
Caso seu filho receba um diagnóstico positivo para um câncer, esclareça suas dúvidas com o médico e procure compreender quais os próximos passos no processo do tratamento. Ter um suporte psicológico também é bem vindo tanto para o paciente quanto para os familiares.
Convidamos você a acessar nossa cartilha “Orientações para cuidadores de crianças e adolescentes com câncer”. Neste material, você encontrará informações e recomendações que poderão lhe ajudar na rotina de cuidados.
8) Como é o tratamento do câncer infantil?
O tratamento varia dependendo do tipo de câncer. Pode envolver tratamento de diversos tipos, como, por exemplo, cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e, em alguns casos, transplante de células-tronco.
9) Qual médico eu devo consultar?
O ideal é procurar o profissional de saúde que acompanha a criança regularmente. Caso não tenha este especialista, dirija-se ao serviço de saúde mais próximo de sua residência.
10) Como posso apoiar uma criança com câncer?
O apoio emocional é fundamental. Mantenha a comunicação aberta, seja paciente e carinhoso. Envolver-se nas atividades do hospital e criar um ambiente positivo pode ajudar a criança a enfrentar o tratamento com mais confiança.
Convidamos você a acessar nossa cartilha “Orientações para cuidadores de crianças e adolescentes com câncer”. Neste material, você poderá encontrar informações e recomendações que poderão lhe ajudar na rotina de cuidados.