Interrupção precoce da amamentação é dos fatores de causa da obesidade infantil
O mês de agosto traz consigo um debate fundamental para a saúde infantil: a importância da amamentação. A campanha “Agosto Dourado” tem como objetivo conscientizar sobre as questões de saúde que estão diretamente relacionadas ao aleitamento materno – entre elas, a prevenção da obesidade em crianças. Em 2020, o tema é “Apoie o aleitamento materno para um planeta mais saudável”, chamando a atenção para o leite materno como o alimento mais sustentável, natural e renovável.
O leite materno é o primeiro alimento que o recém-nascido recebe e o único que deve ser ingerido nos primeiros 6 meses de vida. Entre os benefícios para a criança, pode-se mencionar, além da diminuição da mortalidade infantil, a condução de nutrientes essenciais, a redução de chances de infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e, também, o controle do risco de obesidade.
De acordo com pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, existe uma menor chance da criança ter sobrepeso ou obesidade, caso seja amamentada. O desmame precoce e a alimentação imprópria são fatores de risco para a condição. Ainda segundo o Ministério da Saúde, dados da OMS apontam que, a longo prazo, crianças que tiveram aleitamento materno mostram uma chance 22% menor de desenvolver sobrepeso ou obesidade. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o aleitamento materno é, sem dúvidas, o grande fator protetor contra a obesidade, uma vez que, com ele, o bebê obtém todas as suas necessidades, além de controlar seu apetite e saciedade.
Em entrevista à SBP, Dr. Cesar Victora, epidemiologista brasileiro e especialista em nutrição e saúde materno-infantil, conta como o Brasil é referência em amamentação, graças a entidades que se engajam diretamente na luta pelo aleitamento. Por isso, campanhas como o Agosto Dourado (a cor é uma referência ao padrão ouro de qualidade do leite materno) são necessárias e importantes para a saúde da criança e da mãe.
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